Lição 11 – A Sutileza das Mídias Sociais
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – OS CRISTÃOS NA ERA DIGITAL
II – OS DESAFIOS DE SER IGREJA NA ERA DIGITAL
III – A IGREJA E OS PECADOS VIRTUAIS
IV – AS MÍDIAS SOCIAIS E O IDE DE JESUS
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
I. Apresentar a realidade dos cristãos na era digital;
II. Elencar os desafios de ser Igreja na era digital;
III. Pontuar os pecados virtuais;
IV. Relacionar as mídias sociais com o ide de Jesus, destacando a seara virtual que as mídias sociais.
Se por um lado o uso das redes virtuais é desafiador, por outro lado o seu uso também é cercado de riscos. No livro Dependência de Internet em Crianças e Adolescente: fatores de risco, avaliação e tratamento,6 organizado por Kimberly S. Young e Cristiano Nabuco de Abreu, é feita uma ampla abordagem sobre o impacto das mídias sociais sobre crianças e adolescentes, especialmente a dependência por ela produzida. São abordadas entre outras coisas as questões relativas ao sexting (compartilhamento de conteúdo erótico, também conhecido como nudes), narcisismo e jogos virtuais. Embora o termo sexting ainda seja desconhecido para muita gente, contudo, a prática já se tornou bastante conhecida. Vez por outras ficamos sabendo que imagens íntimas acabaram vazando nas redes sociais. Muito desse conteúdo vazado acontece de forma indesejada por parte da pessoa que teve sua intimidade publicizada. Além de ser extremamente constrangedor, isso acaba criando na vítima uma censura pública com a qual muitas vezes tem dificuldade em superar. Já houve casos em que adolescentes envolvidas nesse tipo de prática atentaram contra a própria vida. É algo, portanto, muito sério.
Se as consequências do sexting são tão terríveis, então por que alguém se arrisca nesse tipo de prática? De acordo com David L. Delmonico, Heather L. Putney e Elizabeth J. Griffin, isso é alimentado por algumas ilusões e desconhecimento do que está por trás do universo virtual.
Você não me conhece e não consegue me ver. São conceitos que se combinam para dar aos indivíduos a sensação de estarem anônimos e em um ambiente digital onde não há regras ou limites associados a seu comportamento online. Esse fenômeno existe na psicologia social desde quando Zimbardo (1969) discutiu o conceito de desindividualização. Não é de surpreender que os conceitos de anonimato e desindividualização desempenhem um papel no comportamento de sexting dos jovens. Até mais — A internet permite aos usuários fugir facilmente das situações online, tornando, assim, mais provável o envolvimento em comportamentos de assumir riscos. Quando um usuário online tem comportamento questionável ou arriscado como o sexting, logo após o comportamento parece não haver nenhuma consequência relacionada a ele. Embora possam acabar chegando, as consequências são mais eficazes em desencorajá-lo no futuro quando vêm imediatamente após o comportamento negativo. O comportamento de sexting costuma ter consequências retardadas — pode levar dias, semanas ou meses —, mas essa capacidade de evitar as consequências é um aspecto do mundo digital que permite a continuação do sexting. Está tudo na minha cabeça e é apenas um jogo. Dá a ilusão de que o mundo online opera somente na fantasia e de que ninguém é prejudicado com nossas aventuras online. A linha entre fantasia e realidade pode ficar facilmente desfocada, já que muitas atividades online se baseiam na fantasia. Essa ideia de que o mundo digital é um jogo de fantasia também leva muitos à conclusão de que as regras do mundo real não se aplicam ao mundo online. A crença de que não há regras ou consequências é uma combinação perigosa para comportamentos online potencialmente problemáticos, inclusive os comportamentos de sexting. Somos iguais e somos todos amigos. Cria a ilusão de que todos que estão online são iguais e amigos; portanto, as regras que ditam as interações apropriadas entre os diferentes grupos (p. ex., adultos e crianças) no mundo real podem ser ignoradas online. As hierarquias que são construídas na sociedade para estabelecer papéis e limites podem ser facilmente rejeitadas.7
Fica claro que o comportamento de sexting, isto é, enviar conteúdo erótico para alguém, quer sejam vídeos, quer sejam imagens fotográficas, é incompatível com a vida cristã. A razão é simples — é pecado! Não existe pecado que não traga a morte. As Escrituras são claras: o “pendor da carne dá para a morte” (Rm 8.6, ARA).
Texto extraído da obra Os Ataques contra a Igreja de Cristo, editada pela CPAD.