Lição 3 – As Abominações do Templo
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – SOBRE A VISÃO
II – SOBRE AS ABOMINAÇÕES (PARTE 1)
III – SOBRE AS ABOMINAÇÕES (PARTE 2)
CONCLUSÃO
Esta terceira lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. Expor a visão do capítulo 8 do livro;
2. Destacar a imagens de ciúmes, o culto aos animais e répteis e os 70 anciões;
3. Tratar a respeito do ritual de Tamuz e dos adoradores do sol.
O texto bíblico base para a lição desta semana é o capítulo 8 do livro de Ezequiel. O primeiro tópico da lição comentada pelo pastor Esequias Soares é uma exposição desse capítulo. Nele, há o desdobramento de uma nova visão (a segunda – capítulo 8), as explicitações das visões de abominações do Templo e uma perspectiva de como compreender essas visões. Para auxiliar você na preparação de sua aula, bem como na exposição desse primeiro tópico, reproduzimos um fragmento textual do livro do trimestre:
O capítulo 8 de Ezequiel inicia uma nova unidade no livro que vai até o capítulo 11. A literatura apocalíptica se caracteriza pela presença de símbolos, sonhos e visões, e o livro de Apocalipse é um exemplo clássico desse modelo literário religioso. Ezequiel inaugurou esse estilo no Antigo Testamento; o Profeta começa e termina o seu livro com oráculos divinos apocalípticos, capítulos 1 e 40–48, além da unidade 8–11. O capítulo 8 inicia uma nova unidade nesse gênero, meio pelo qual Deus revelou ao Profeta as abominações do templo de Jerusalém. Era o lugar mais sagrado da Terra Santa e se tornou o centro das abominações, então isso serve como prenúncio da apostasia generalizada do fim dos tempos.
Ezequiel costuma indicar datas precisas de quando Deus entregou os oráculos divinos, seja por meio de visões ou palavras. Isso não é comum nos profetas do Antigo Testamento, com exceção de Ageu e, às vezes, Jeremias. As visões dos capítulos 1–11 são partes de uma única unidade literária. O capítulo 8 introduz uma nova visão no “sexto ano, no mês sexto” (8.1), catorze meses depois da primeira, aquela da carruagem da glória de Deus, que ocorreu “no quinto ano do cativeiro do rei Joaquim” (1.2). Mas, diferentemente da primeira, essa segunda visão não foi da glória de Deus; o que Ezequiel viu foram as abominações praticadas no templo, o que justifica a razão da ira divina sobre os moradores de Jerusalém (8.18). Essa data é importante porque mostra que a cidade e o templo ainda não haviam sido destruídos. Essa visão é preterista porque se relaciona com os acontecimentos contemporâneos de Ezequiel, mas isso não exclui o futurismo, pois ele anuncia eventos que que estavam para acontecer (8.18).
A segunda visão de Ezequiel está registrada em quatro capítulos, do 8 ao 11, seguindo o padrão da primeira, dos capítulos 1 ao 3. Enquanto os capítulos 4 a 7 são os oráculos de juízo contra Israel, os capítulos 8 a 11 tratam da partida da glória de Deus de Jerusalém. No capítulo 8, o Profeta testemunha as abominações que vinham ocorrendo no templo havia gerações. Os oráculos foram entregues em forma de visão, mas o registro é narrativo. O relato está dividido em duas partes:
1) a descrição de como a visão foi dada (vv. 1-4) e
2) a descrição das abominações em quatro cenas (vv. 5-18).
Texto extraído da obra A Justiça Divina, editada pela CPAD.