Lição 10 – Desenvolvendo uma consciência de santidade
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – A PERSPECTIVA BÍBLICA DA SANTIFICAÇÃO
II – A SANTIFICAÇÃO E SEUS ESTÁGIOS
III – O JULGAMENTO DO DEUS SANTO
CONCLUSÃO
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
1. APRESENTAR a perspectiva bíblica da santificação;
2. DESCREVER a abrangência dos estágios da santificação;
3. DISTINGUIR a santidade e a justiça de Deus como atributos inerentes à sua natureza.
Professor(a), a paz do Senhor!
Nesta lição, estudaremos a respeito da consciência de santidade que todo cristão deve ter ao longo da sua jornada de fé. De fato, não podemos viver neste mundo com a falsa imaginação de que servir a Deus cumprindo as obrigações eclesiásticas como, por exemplo, estar presente nos cultos, entregar o dízimo e as ofertas, pregar, cantar ou ensinar são suficientes para atender à vontade de Deus. Em contrapartida, a vida cristã está além do serviço, pois consiste em um estilo de vida santo e justo que agrade a Deus, seja por meio do testemunho cristão ou mesmo na particularidade quando não somos vistos pelos homens.
Na perspectiva bíblica de santificação o crente deve ter a consciência de que esta é uma prática inerente ao caráter do salvo. Todos quantos experimentaram o “novo nascimento” devem ter em mente que a nova vida em Cristo cuida de romper com as práticas pecaminosas do passado. O apóstolo Paulo usou de analogia para explicar essa condição ao afirmar que, assim como um escravo que não tinha escolha, apresentávamos o nosso corpo ao pecado, a partir de agora, devemos apresentar o nosso corpo a Deus para o cumprimento da justiça (Rm 6.13, 19). Isso significa que a nova vida em Cristo exige do crente o empenho para viver de modo santo, afastado de tudo aquilo que pode o levar a pecar e a perder a sintonia da comunhão com Cristo.
Na obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal (CPAD), Stanley M. Horton declara que “além da purificação que o Espírito oferece a cada momento, Ele também trabalha para nos ajudar a evitar o pecado. Por isso, podemos falar de ‘um processo vitalício mediante o qual a santidade se realiza em nossa vida’. […] os fariseus tinham um conjunto de leis não escritas (a Torá oral, a ‘instrução’ ou ‘tradição dos antigos’), as quais determinavam a sua conduta em todas as situações. Assim, sabiam como evitar o tornar-se impuros. O crente tem o Espírito Santo, que faz exatamente a mesma coisa. Ele orienta sobre como agir a fim de evitar o pecado em todas as situações (Rm 8.6-9). Pela mesma razão, o Espírito abre as Escrituras aos crentes (1 Co 2.9-16) e frequentemente lhes faz lembrar daquilo que Jesus tem dito na Palavra (Jo 14.26). Desta forma, o Espírito ajuda a tornar a justiça do crente mais concreta, em vez de apenas jurídica. É um processo contínuo, que durará enquanto o crente viver na Terra (1 Ts 5.23)” (1996, p. 426). Portanto, o crente não pode perder de vista o compromisso com a santificação. Os crentes podem contar com a ajuda do Espírito Santo no cumprimento do seu papel como testemunhas de Cristo neste mundo. Nesse sentido, a santificação é um processo em que o Espírito opera à medida que o crente se distancia do pecado e se inclina para as virtudes do Espírito. Que Deus nos ajude a mantermos firme o compromisso com a santificação até a Volta de Nosso Senhor (1 Co 1.7, 8).
Tenha uma excelente aula!
(Artigo extraído da revista Ensinador Cristão, editada pela CPAD, edição 97, p. 41).