Lição0 2 – As promessas de Deus para Israel
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – ISRAEL: A PROMESSA DA CRIAÇÃO DE UMA GRANDE NAÇÃO
II – OUTRAS PROMESSAS A ISRAEL
III – A PROMESSA DE SALVAÇÃO PARA ISRAEL
CONCLUSÃO
As promessas de Deus a Israel começam a ser proferidas cerca de mais de 4.000 a.C., quando chamou o caldeu Abrão e fez-lhe promessas acerca do seu grandioso propósito para criar uma grande nação e, mais do que isso, para atender ao propósito de Deus de salvar a humanidade perdida por causa da desobediência dos primeiros pais, que, em lugar de ouvir e perseverar na vontade divina, preferiram ouvir a voz contrária do Diabo, o que resultou na tragédia espiritual que foi passada para todos os homens e cujos efeitos fazem-se ver e sentir até os dias atuais.
Deus usa anjos quando não encontra alguém na terra para usar. Na chamada de Abrão, depois chamado Abraão (Gn 17.5), a narrativa bíblica do Gênesis mostra-nos que o Senhor queria escolher um homem que ouvisse a sua voz e que tivesse disposição espiritual, mental e moral para segui-lo, obedecendo a sua vontade. Em Abrão, podemos perceber que as promessas que lhe foram feitas pelo Senhor ultrapassariam as fronteiras da nação de Israel e alcançariam toda a humanidade. Em cumprimento à promessa de Deus a Adão, de que, da “semente da mulher” (Is 7.14) nasceria o vencedor da grande batalha cósmica contra Satanás, que, ao ressuscitar, venceu a morte, o pecado, o mundo e o Maligno (Is 53.4,5,12); existiria um que haveria de ferir a “cabeça da serpente”, o Diabo (Gn 3.15), o que se cumpriu, profeticamente na pessoa de Cristo Jesus, nosso Salvador. Sendo essa a primeira promessa de Deus para a redenção da humanidade, Ele foi ferido na cruz, mas, como “Deus entre nós”, foi o grande vencedor (Mt 1.20-23; Rm 5.18,19).
Israel, como nação escolhida por Deus, eleita e predestinada antes mesmo da sua existência, não soube reconhecer que, do seu seio, Jesus Cristo era “a semente da mulher” que derrotaria o Diabo em todos os aspectos. Jesus era o Messias prometido para redimir Israel e todos dentre os homens que o recebessem como Salvador. Ainda hoje, os planos de Deus para com Israel não mudaram. A Igreja não substituiu Israel, como alguém prega, mas, na sua história, Deus abriu um parêntese indefinido no seu kairós (tempo de Deus) para que os gentios tivessem oportunidade de conhecer a Cristo como o seu Senhor e Salvador e, como salvos, fizessem parte da Igreja, juntamente com os que, dentre os judeus, aceitam a Cristo da mesma forma. Que Deus nos faça entender o grande significado para a Igreja e para o mundo das promessas feitas a Israel por meio do patriarca Abraão.
[…] Em primeiro lugar, por meio de Abraão, as quais foram confirmadas a Isaque e a Jacó no tempo próprio do cumprimento da sua palavra. Deus não falha. Ele vela pela sua palavra para cumpri-la. Tudo o que Deus prometeu a Abraão e a sua descendência, Ele cumpriu. Houve tempos em que Israel desobedeceu a sua voz e deixou de cumprir o plano de Deus para o povo eleito. Este sofreu terrivelmente a ponto de ser levado cativo para a Babilônia, para a Assíria, após ter sido advertido pelo Senhor. Mesmo assim, por misericórdia, por amor do seu nome, Deus ouviu o clamor do seu povo e libertou-o. Quando Jesus veio ao mundo, nascendo como judeu por ação direta do Espírito Santo, pregou o seu evangelho de libertação, mas Israel não compreendeu e rejeitou a Cristo, o Messias prometido na Antiga Aliança. As promessas de Deus a Israel não falharão. O que Ele prometeu a Abrão, a Isaque e a Jacó terá o seu cumprimento pleno, ainda que em tempos futuros, quando Jesus voltar em Glória para implantar o Milênio e o seu reino eterno, que não passará mais para nenhum outro poder. Nós, cristãos, temos o dever de orar por Israel para que o Senhor derrame sobre aquele povo uma chuva de bênçãos, sobretudo, lembrando-lhes de que Jesus Cristo, filho biológico de Maria, e de José, o seu pai adotivo, é o Messias, prometido nas Escrituras do Antigo Testamento (Is 7.14; Is 9.6,7).
Texto extraído da obra As Promessas de Deus, editada pela CPAD.