Lição 7 – O Estabelecimento da monarquia.
LEITURA BÍBLICA: 1 Samuel 8.1-10, 19-22.
A MENSAGEM: “Samuel tinha levado consigo um frasco de azeite. Ele derramou o azeite na cabeça de Saul, beijou-o e disse: — O Senhor Deus está ungindo você como chefe do seu povo, o povo de Israel. Você o governará e a o livrará de todos os seus inimigos […]” (1 Samuel 10.1).
OBJETIVOS:
REFLETIR sobre o uso do livre-arbítrio e suas consequências;
ENSINAR quem foi Saul e como ele se tornou o primeiro rei;
DESTACAR que precisamos ter nossa vida guiada pela vontade de Deus e não pelas preferências do nosso coração.
Amigo(a) professor(a) da classe dos Adolescentes, a paz do Senhor!
A lição desta semana traz consigo preciosos ensinamentos sobre a escolha do primeiro rei de Israel, inaugurando a monarquia na nação. Como vimos na lição anterior, Samuel foi rejeitado pelos israelitas para não continuar sendo o juiz da nação naquele momento. Havia um desejo na nação por terem um rei, conforme ocorria nas nações vizinhas. Essa postura da nação contrariava o propósito de Deus para aquele momento. Embora a monarquia estivesse no plano de Deus para o seu povo, a escolha de um rei deveria respeitar, além do tempo, os critérios divinos para o perfil de liderança definido pelo próprio Deus. Esse fato é comprovado quando Samuel é enviado à casa de Jessé para ungir um novo rei que deveria substituir Saul. O Senhor afirmou que no processo de escolha o homem tem o costume de olhar para a aparência, porém, o Senhor vê o que está dentro do coração (1 Sm 16.7).
A escolha de Saul para ser o primeiro rei de Israel é um tanto polêmica entre os cristãos. Muitos argumentam que a escolha não veio da parte de Deus, mas sim do povo que ansiava por um rei. Outros dizem que Saul foi escolhido por Deus, porém, abandonou os propósitos divinos e, portanto, foi rejeitado pelo Senhor. Quando observamos os fatos, percebemos que há a possibilidade de unirmos tais visões quando inserimos o critério “tempo”. Em primeiro lugar,
Deus escolheria um rei para a nação de Israel para substituir Samuel, porém, um rei que desse continuidade ao trabalho do profeta e sacerdote que julgava a nação. Outro aspecto era que este rei não seria escolhido com base na aparência, e sim na maturidade para reconhecer a soberania de Deus e a primazia em cada decisão sobre a nação de Israel. No caso de Saul, ele foi uma resposta de Deus para a demanda do povo. Mas era uma demanda que deveria ser atendida no tempo dEle, e não para atender os anseios humanos.
De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global, editada pela CPAD, “O rei de Israel devia ser completamente diferente dos reis de outras nações. Em vez de ser um monarca absoluto (isto é, que governasse com total autoridade), devia ser um rei teocrata, sujeito a Deus, o supremo governante do povo. (Veja Dt 17.14-20 a respeito dos deveres e das regras para reis). […] Embora o rei Saul agora governasse Israel, o profeta Samuel continuava a desafiar tanto o rei como o povo para que seguissem a liderança de Deus (1 Sm 12.23). Representando Deus e a sua Palavra, os verdadeiros profetas se distinguiram dos res de Israel como porta-vozes de Deus (3.20; 15.1; Êx 7.1-2). Os reis de Israel deviam permanecer submissos à autoridade de Deus, aos seus ensinamentos e às suas correções por meio dos profetas (cf. 13.13-14; 15.17-23; 2 Sm 12-1.15)” (2022, pp. 473, 478).
Professor(a), aproveite a temática da lição e pergunte aos seus alunos sobre o que eles fazem para entender os propósitos de Deus. Explique que há bênçãos de Deus que podem se tornar em maldição se, porventura, forem recebidas antes do tempo. Como ocorrei com a nação de Israel na infeliz escolha de Saul, muitos antecipam o que Deus tem reservado e acabam trazendo males para suas próprias vidas. Realize uma roda de conversa com seus alunos e permita que eles opinem sobre o tema. Ao final, reforce que Deus tem o tempo certo para realizar grandes bênçãos em nossas vidas e, portanto, devemos aprender esperar pelo tempo de Deus em todas as coisas.
Tenha uma ótima aula!