Lição 10 – A liberdade que Cristo nos deu.
Prezado(a) Professor(a), a paz do Senhor!
Chegamos à lição dez deste abençoado trimestre em que estamos estudando a Carta do apóstolo Paulo aos gálatas. Durante esta aula, trataremos a respeito da nossa liberdade, em Cristo. Depois de libertos, e filhos de Deus, não devemos mais voltar às práticas da Lei como forma de obter a salvação com o perdão de nossos pecados. Isso já foi feito por Jesus. Glória a Deus!
Para ajudá-lo(a) a se aprofundar um pouco mais no assunto da liberdade que Cristo nos deu, exposto na Epístola de Paulo aos Gálatas, apresentado na lição, trazemos um trecho extraído do livro do pastor Myer Pearlman, onde ele bem exemplifica a Lei e a graça e a liberdade cristã, com uma linguagem simples e bem exemplificada:
1. A Lei e a graça. Quando judaizantes queriam sobrecarregar os gentios com o sistema mosaico, Pedro protestou: “Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar?” (At 15.10). Poderia ter mencionado a libertação de muitos gentios dos tremendos fardos impostos pelos sacerdotes pagãos. E que não deveriam ser submetidos de novo a sistemas de exigências para “merecerem a salvação”. Quando certo missionário pregava a Lei aos hindus, estes lhe responderam: “Temos uma religião que nos sobrecarrega com exigências quanto a dinheiro, gado, sacrifícios, mortificações, jejuns, orações, lavagens e romarias. E cumprimos tudo. Temos um rei que exige pesados impostos, e nós fazemos tudo quanto ele nos pede. E agora você vem com tremendas exigências que sobrepujam tudo isso”. Há ocasiões em que pregar a Lei é necessário, para levar os ouvintes à convicção de pecados. Porém, antes de tudo, o Evangelho é o oferecimento da livre graça de Deus. O Evangelho não aceita o conceito de um Deus sem misericórdia. Um Deus que exige rituais, flagelações e boas obras mediante as quais seja gracioso para conosco. Não. Deus já revela sua natureza de graça e misericórdia. E quer nos justificar, de tal modo que sirvamos a Ele sem medo de perder a salvação. A Lei diz: “Faça isso, e viverá”. O Evangelho diz: “Receba a vida, e faça”. A Lei diz: “Pague!” O Evangelho diz: “Está pago!”
2. A liberdade cristã. Agostinho, grande estudioso da igreja antiga, disse certa vez: “Ame a Deus e faça o que quiser”. A primeira vista, esta declaração parece um pouco arriscada. Mas pensando bem, quem ama a Deus não vai querer desagradá-lo mediante a desobediência à sua Palavra. Aquele que verdadeiramente ama a Deus está livre da Lei e vive sob sua graça. Sua nova natureza espiritual não desejará fazer nada contrário à vontade revelada de Deus. Existem leis civis hoje em dia para punir mães que tratam com crueldade aos seus filhos. Há, porém, milhares de mães que desconhecem tais leis e tratam seus filhos com bondade. Explicação: Já têm a lei do amor maternal escrita nas suas consciências. Quem foi transformado pela graça tem a lei de Deus escrita no seu coração (Jr 31.33). E, com grande alegria, faz aquilo que é certo. Naturalmente, o antigo sistema de lei e ritual era necessário. Funcionava como “mestre-escola”, restringindo e educando Israel até a vinda do Messias. Este lhe ofereceria um grau mais alto numa escola espiritual mais avançada (Gl 3.24-26; 4.1-6). Mas os judaizantes insistiam que os convertidos gentios guardassem a Lei. Era como forçar um leitor experiente a decorar o abecedário, ou uma borboleta voltar a ser lagarta.
(PEARLMAN, MYER. Atos: Estudo do livro de Atos e o crescimento da Igreja Primitiva. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 172)
Para conhecer mais a respeito dos temas das lições, adquira o livro do trimestre: COELHO, Alexandre. A Liberdade em Cristo: Vivendo o Verdadeiro Evangelho conforme a Carta de Paulo aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
Que Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!
Verônica Araujo