Lição 11 – A carne e o espírito: A luta que existe em nós.

Prezado(a) Professor(a), a paz do Senhor!

Com a graça de Deus, chegamos à lição onze e, durante esta aula, trataremos a respeito do conflito entre a carne e o Espírito. Essa luta é diária e todo cristão passa por ela. Por isso, é importante incentivar os alunos a terem uma vida guiada pelo Espírito Santo, buscando sempre pela presença dEle em nós.

Comece a aula com uma pergunta reflexiva, perguntando se algum aluno já se sentiu dividido entre fazer o que sabe que é certo e o que deseja fazer, mesmo sabendo que está errado. Em seguida explique que a Bíblia nos mostra que existe uma batalha constante dentro de nós: a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne (Gl 5.17). Este conflito é real e diário para todo cristão.

Seus alunos precisam também de uma aplicação prática desta aula a fim de serem orientados a vencer a carne. E como fazemos isso? Aponte as opções abaixo para seus alunos:

· Buscando intimidade com Deus.

· Orando e lendo a Palavra diariamente.

· Fugindo de situações de tentação.

· Tendo comunhão com outros irmãos.

Para ajudá-lo(a) a se aprofundar um pouco mais no assunto apresentado na lição, trazemos um trecho extraído do livro do trimestre cujo conteúdo também é de autoria do pastor Alexandre Coelho.

Guerras geralmente ocorrem por questões relacionadas a desejos de dominação, razões econômicas ou territoriais. Homens matam e morrem em conflitos para que determinados objetivos sejam alcançados. Não é diferente na esfera espiritual. Somos constantemente desafiados a satisfazer desejos e buscar conquistas, e isso pode comprometer nossa espiritualidade. Nossas ações diárias são um reflexo de uma luta que ocorre dentro de nós, onde a carne e o Espírito lutam para ter a predominância. Os gálatas provavelmente não tinham conhecimento dessa realidade, e Paulo vai tratar com eles sobre isso.

I – ANDANDO NO ESPÍRITO:

1. Andai em Espírito:

Paulo já tratou sobre a importância da liberdade e passa a mostrar aos gálatas o distanciamento que há entre viver na carne e ser guiado pelo Espírito. Ele diz: “[…] Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 5.16). Observe que o verbo está no imperativo, não como uma recomendação, mas como uma ordem. O cristão deve entender que a única opção para que não se cumpram os desejos da natureza humana é andar no Espírito.

A existência humana é dinâmica, e não há opção na esfera espiritual de ficarmos parados esperando que o Senhor faça coisas que devemos fazer; por isso, Paulo usa o verbo “Andai”. Mas só andar não nos faz cumprir o que Deus deseja para nossa vida. A íntima comunhão e a dependência constante das orientações do Espírito são a única chave para uma existência afastada da natureza pecaminosa.

Não bastava que os gálatas valorizassem a liberdade que receberam de Cristo. Com essa liberdade, eles deveriam andar em Espírito. De nada adianta uma liberdade se a pessoa permanece presa às práticas que ainda a identificam como prisioneira.

2. A luta que existe em nós:

Há uma luta constante dentro de nós para que sigamos a vontade da carne ou, então, sejamos guiados pelo Espírito: “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis” (Gl 5.17). A carne luta contra o Espírito, e este, contra a carne. Não é uma luta visível a nossos olhos, pois acontece em nosso íntimo, mas as consequências são visíveis em ambos os casos. Essa luta mostra-nos uma verdade: o novo nascimento não elimina a velha natureza pecaminosa. Se assim fosse, não veríamos nas Escrituras tantas advertências a que buscássemos a santificação e a mortificação constante do pecado em nós. Nossa mente e nosso corpo são verdadeiros teatros de guerra de duas vontades.

3. Se sois guiados pelo Espírito: 

Estar debaixo da Lei não é ser guiado pelo Espírito. Paulo usa a condicional “se” a fim de mostrar que a direção do Espírito não pode conduzir-nos a andar na carne. Pessoas orientadas por Deus não praticam o que desagrada ao Eterno: “Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei” (v. 18).

Esse texto também nos mostra que o Espírito pode e deseja guiar- -nos para que não pequemos, e que manifestemos o fruto do Espírito, que Paulo descreverá a seguir. Observe, porém, que Paulo mostra antes as obras da carne e a sua consequência. O evangelho mostra, a princípio, que o homem é pecador — ou seja, essa é a má notícia; a seguir, mostra a boa notícia, isto é, que existe salvação em Jesus. Da mesma forma, Paulo fala, a princípio, das obras da carne para só depois falar do fruto do Espírito. Entendemos que a lista das obras da carne é exemplificativa, pois a natureza pecaminosa tem a capacidade de aumentar os pecados à medida que o tempo vai passando.

Para conhecer mais a respeito dos temas das lições, adquira o livro do trimestre: COELHO, Alexandre. A Liberdade em Cristo: Vivendo o Verdadeiro Evangelho conforme a Carta de Paulo aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

Que Deus abençoe a sua aula e os seus alunos!

Verônica Araujo