Lição 13 – As marcas de Cristo
Prezado(a) Professor(a), a paz do Senhor!
Com a graça de Deus, chegamos à última lição do trimestre e, durante esta aula, trataremos a respeito de uma fé prática que o apóstolo Paulo estimula os gálatas a desenvolverem e mais uma vez se posiciona a respeito da não circuncisão par aos gentios que receberam a Cristo. Paulo chama a atenção para as marcas de Cristo que ele possui. Essas marcas não dizem respeito à prática religiosa dos judeus, mas resultado dos sofrimentos e adversidades enfrentados pelo apóstolo por amor a Jesus.
Para ajudá-lo(a) a se aprofundar um pouco mais no assunto das “Marcas de Cristo” e “A Graça de Jesus” exposto na Epístola de Paulo aos Gálatas, apresentado na lição, trazemos um trecho extraído do livro do trimestre cujo conteúdo também é de autoria do pastor Alexandre Coelho.
2. As marcas de Cristo:
Paulo fala algo que os judaizantes não tinham autoridade para alegar: ele tinha as marcas de Cristo. Observe: “E, a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus. Desde agora, ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus” (Gl 6.16,17). Mas que marcas seriam essas? Ele escreveu aos coríntios sobre o que havia passado por amor do evangelho: açoitado diversas vezes, preso, apedrejado, náufrago em três ocasiões, além das viagens perigosas por causa de ladrões, de falsos irmãos, de judeus que lhe desejavam a morte, bem como os períodos de escassez, de vigílias e a constante pressão que as igrejas traziam ao seu coração. Cada momento de perseguição deixou marcas no apóstolo, mas ele não se manifesta em tom de reclamação, e sim no sentido de mostrar que os seus acusadores tentavam fugir da perseguição por causa da cruz de Cristo.
Houve um tempo em que Paulo orgulhava-se de sua marca da circuncisão (Fp 3:4-6), mas depois de se tornar cristão, sua marca de identificação mudou. O apóstolo passou a se gloriar nas cicatrizes resultantes do sofrimento que havia suportado a serviço de Jesus Cristo.
O contraste com o legalista é óbvio: “Os judaizantes desejam marcar a carne de vocês e se gabar disso, mas eu trago em meu corpo as marcas do Senhor Jesus Cristo — para a glória dele”. Que repreensão! “Se as ‘celebridades religiosas’ de vocês têm quaisquer cicatrizes do que sofreram para a glória de Cristo, então que as mostrem. Do contrário, deixem-me em paz!”
No tempo de Paulo, não era incomum o seguidor de alguma divindade pagã ter no corpo uma marca desse ídolo. O adorador orgulhava-se de seu deus e desejava que os outros soubessem disso. Da mesma forma, Paulo trazia no corpo a marca de Jesus Cristo. Não era um sinal temporário que poderia ser removido, mas sim uma marca permanente que levaria consigo até a morte. Também não recebeu essa marca de maneira agradável; teve de sofrer repetidamente de modo a ser um homem identificável com Cristo. (WIERSBE, 2017, p. 951)
Os judaizantes provavelmente mostravam “medalhas” em vez de marcas de combate. Eles não queriam ser perseguidos por causa da cruz de Cristo; queriam estar bem, doutrinando pessoas, mas não querendo pagar o preço que o evangelho exige. Paulo, por sua vez, pagou diversas vezes o preço que chegou a deixar marcas no seu corpo e na sua história.
3. A graça de Jesus:
Paulo começa a sua Carta aos gálatas desejando “graça e paz da parte de Deus pai e da de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 1.3). Ele conclui essa mesma Carta com a graça de Jesus: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja, irmãos, com o vosso espírito. Amém!” (6.18). Ao longo da sua carta, o apóstolo mostrou que a graça não é só para a salvação, mas também para nossa vida cristã. Paulo experimentou a graça na sua vida mesmo quando lhe foi negada uma oração que ele fez por si mesmo. Ele ouviu a voz de Deus dizendo: “[…] A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 2.9). O autor aos Hebreus orienta-nos a que “cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.16).
Aqui vale lembrar de um dos lemas da Reforma Protestante: Somente a graça, e não os esforços humanos, pode levar-nos até Deus. A graça é importante não somente para nossa salvação, mas igualmente para a vida cristã. Tratar nossos irmãos com a mesma graça que recebemos faz a diferença.
CONCLUSÃO:
A Carta aos Gálatas permanece sendo uma defesa do evangelho de Jesus Cristo para os gentios. Trata-se de um documento para toda a Igreja e em todo o lugar onde houver alguém que ensine sobre a graça de Deus. Que esta graça seja apresentada completa, da mesma forma como foi completo o sacrifício de Jesus por nós.
E assim concluímos este trimestre: com a graça de Deus; uma graça disposta não só para a salvação, mas também para a manutenção dela. Que essa graça esteja conosco, em nossa vida, até que sejamos chamados por Deus para, enfim, experimentarmos a vida Eterna com Ele nos céus.
Para conhecer mais a respeito dos temas das lições, adquira o livro do trimestre: COELHO, Alexandre. A Liberdade em Cristo: Vivendo o Verdadeiro Evangelho conforme a Carta de Paulo aos Gálatas. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.
Que Deus abençoe a sua aula e os seus alunos