Lição 4 – Amor-próprio: Amar como a ti mesmo
ESBOÇO DA LIÇÃO:
1. AMAR A SI MESMO
2. O PERIGO DOS EXTREMOS
3. A IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO
4. AUTOESTIMA HUMILDE
OBJETIVOS:
FALAR sobre o amor-próprio e os perigos dos seus extremos;
ENSINAR sobre a necessidade do autocuidado;
EXPLICAR sobre o amor-próprio que agrada a Deus.
A Paz do Senhor, querido(a) professor(a)! Você se considera um exemplo de amor-próprio? Considera que sua autoestima é sadia, longe dos extremos de inferioridade e da superioridade em relação aos outros? Lembra de como era quando tinha 15 anos de idade? Falaremos sobre essas questões tão importantes na próxima aula.
Na faixa etária de seus alunos, seus corpos, vozes, mentes e demandas estão em enorme transformação. Mesmo sem perceberem, lidam com um luto pela despedida da infância, ainda que muitos a desejassem, e com as incertezas da transição para a vida adulta.
Além de tudo isso – que sempre foi desafiador em todas as eras –, a nossa é marcada por uma série de cobranças e comparações exacerbadas pelas vitrines das Redes Sociais, Propagandas e Mídia em geral. Até adultos se veem muitas vezes pressionados e insatisfeitos com a própria aparência, imagina eles, com o cérebro ainda em formação.
O Brasil liderou o ranking mundial de cirurgias plásticas e de procedimentos estéticos, em 2024, com mais de 3,1 milhões de intervenções, inclusive em menores de idade, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS).
Outro problema que, em parte, justifica esse número tão alto, são os filtros faciais nas Redes Sociais, pois promovem uma comparação constante com padrões de beleza irreais, gerando insatisfação com a própria imagem, podendo levar a transtornos psicológicos graves, como a dismorfia corporal, ansiedade, depressão e até suicídio. O uso excessivo de filtros cria uma autoimagem digital distorcida e uma desconexão com a realidade, afetando a autoestima e a percepção do próprio valor e do que se tem de belo em si mesmo.
Esses juvenis, nativos digitais, lidam com pressões que nenhuma outra geração enfrentou, inclusive estéticas. Além da violência neuronal de uma sociedade que impõe produtividade e desempenho sobre-humano. Muitos veem exemplos de influencers e grandes nomes da tecnologia que fazem o “primeiro milhão” antes de atingirem a maioridade e se cobram o mesmo. Metas surreais de “sucesso” em todas as áreas da vida, o tempo todo, são abraçadas por essa geração como condição para serem validados.
Não por acaso, a taxa de suicídio cresceu 43% em uma década no Brasil. Entre os adolescentes, o aumento foi de 81%. Inclusive, em alguns desses casos foram usadas as ferramentas de Inteligência Artificial, como o ChatGPT, para se aconselharem e seguiram o passo a passo oferecido pela IA para tirarem a própria vida. A situação é muito grave!
Veja, estimado(a) professor(a), o quão importante é instruir nossos adolescentes e jovens sobre esse tema à luz da poderosa e salvífica Palavra de Deus. Por isso, além de todo conteúdo didático-teológico em sua revista, propomos que você pesquise sobre esses fenômenos aqui destacados e debata com seus alunos, em classe, checando o que pensam e como se veem afetados por tudo isso.
Esteja atento a possíveis intervenções necessárias, após a aula, com toda sabedoria e dependendo da gravidade, atuando junto a sua liderança e responsáveis do juvenil em questão.
Sobretudo, oremos! Clamemos ao Senhor para guardar nossos jovens, para nos usar como ensinadores da sua Palavra, a fim de cortar laços do Inimigo, intentos malignos contra essas vidas. Ao final da aula, ore com eles, pedindo que o Espírito Santo os livre desses e de outros males do nosso tempo.
O Senhor Jesus abençoe você e os seus alunos! Ótima aula!