Lição 8 – Emoções e sentimentos: a batalha do equilíbrio interior
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO:
I – O HOMEM, UM SER AFETIVO
II – EMOÇÕES: EXPERIÊNCIA E CONTROLE
III – SENTIMENTOS GUARDADOS POR DEUS
CONCLUSÃO:
Esta lição tem três objetivos que os professores devem buscar atingi-los:
I) Explicar ao aluno a natureza afetiva do ser humano, reconhecendo a diferença entre emoções e sentimentos e sua relação com o pensamento e a vontade;
II) Ensinar que, embora muitas emoções sejam instintivas, é responsabilidade do cristão administrar suas reações com base na Palavra de Deus;
III) Demonstrar que o verdadeiro controle dos sentimentos não vem apenas de métodos humanos, mas da paz de Deus, que guarda os corações dos que creem.
Emoção e pecado
No tópico anterior, já observamos que as emoções não podem ser tidas simplesmente como reações instintivas. Se é fato que existem reações que não constituem pecado — como o medo diante de uma fera, por exemplo —, existem outras que, mesmo que instintivas, decorrem de nossa natureza pecaminosa ainda não subjugada. Medo, raiva, inveja, tristeza e outras emoções reiteradas podem ser expressões de pecados enraizados no coração. Uma pessoa orgulhosa, por exemplo, é muito suscetível a reações emocionais negativas como irritação, raiva, inveja, rejeição e outros comportamentos hostis às pessoas com as quais convive. Não é apenas uma emoção, mas uma manifestação de pecados do coração.
Alguém que não consegue conter-se no trânsito, por exemplo, precisa buscar em Deus um espírito de mansidão. Um personagem bíblico que tem muitas lições para ensinar-nos nesse campo é Moisés. Aos quarenta anos, ele feriu um egípcio e matou-o (Êx 2.12). Quarenta anos depois, era outro Moisés, chegando ao ponto de ser chamado de o homem mais manso da terra (Nm 12.3), pois não reagia mesmo afrontado muitas vezes. Moisés foi tratado por Deus durante quarenta anos.
Aos colossenses, Paulo trata de um processo semelhante. Depois de listar emoções negativas como a ira e a cólera e apontar o caminho da mortificação da carne (o velho homem), o apóstolo incentiva os crentes a progredirem e trocarem emoções negativas por emoções e sentimentos positivos (ver Cl 3.12,13). Não há lugar, portanto, para a permanência de qualquer emoção ou sentimento que seja expressão de pecado. No dia em que Moisés descuidou-se e agiu segundo o seu velho temperamento, experimentou um incalculável prejuízo. Deus havia ordenado que ele falasse à rocha para que dela jorrasse água para o povo. Indignado, Moisés chamou o povo de rebelde e feriu a rocha. Moisés não se conteve e desobedeceu a ordem de Deus (Nm 20.10,11), e o anúncio da consequência foi imediato (20.12).
O Antigo Testamento também menciona o exemplo de Nabal, um homem soberbo, mal-humorado e ingrato (1 Sm 25.10,11). A sua insensatez custou-lhe a vida (25.36-38). Um coração altivo é muito propenso a emoções negativas e sentimentos facciosos (Pv 13.10; 21.24). Como Davi, devemos rogar a Deus que nos livre da soberba para que ela não nos domine e leve-nos a transgressões (Sl 19.13).
Texto extraído da obra Corpo, Alma e Espírito, editada pela CPAD.
