Lição 10 – O Amor Não Guarda Ressentimento
ESBOÇO DA LIÇÃO:
1. O AMOR NÃO É RESSENTIDO
2. PREJUÍZOS DA FALTA DE PERDÃO
3. O PERDÃO LIBERTA
OBJETIVOS:
ABORDAR o que é ressentimento e seus riscos;
COMPREENDER os prejuízos da falta de perdão;
OBSERVAR o efeito libertador do perdão.
A Paz do Senhor, querido(a) professor(a)! Na próxima aula, vamos ministrar uma lição que toca em feridas profundas na alma. Quem de nós nunca teve alguém a quem perdoar? Alguém que nos causou dor, dano, alguma decepção ou mesmo perversa injustiça. Não pense que por seus alunos serem jovens, não tenham algo grave a que perdoar. Alguns sofreram feridas de rejeição e abandono por parte dos próprios pais e levam mágoas que, se não tratadas, podem resultar em ainda mais sofrimentos. Por isso, não subestime a relevância dessa aula. Antes, ore e jejue por cada vida, a fim de que, através do ensino da Palavra de Deus, haja cura, libertação e restauração entre os seus juvenis.
Empenhe-se no estudo e aplicação de cada sessão em sua revista. Esteja atento(a) aos seus alunos e sensível caso surja algum assunto ou motivo de cuidado extraclasse também. Alguns foram vítimas de violência, pedofilia e outros abusos, que talvez nunca tenham compartilhado com ninguém. Por isso, ao longo de toda a aula esteja em oração, com os ouvidos espirituais aguçados à direção do Espírito Santo.
Evidentemente, há casos menos graves de ressentimento e problemas relacionais, comuns a faixa etária de 15 a 17 anos. Inclusive, alguns que nós mesmos fomos os causadores do agravo e precisamos pedir perdão. Seja qual for a situação, a Palavra de Deus é poderosa e eficaz para nos ajudar em todas elas.
Sugerimos que antes de explanar os tópicos da lição, ore, pedindo que o Espírito Santo dê a todos os presentes um coração sensível a sua correção, disposto a pedir perdão e a perdoar a fim de que sejamos restaurados e ainda mais usados para a glória dEle.
“Somos pródigos em apresentar razões bem argumentadas para mostrar que estamos certos e assim endurecemos o jogo, esperando que a outra parte — esta sim, errada sob todos os aspectos — se ajoelhe aos nossos pés e implore perdão. Isto é soberba espiritual! O Senhor foi direto e incisivo: ‘Se te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa no altar a tua oferta e reconcilia-te primeiro com o teu irmão’.
O Senhor não está querendo dizer com isso que essa reconciliação é unilateral. Segundo Ralph Earle, a palavra grega para reconciliar-se, aqui, é diallasso, sendo esta a única vez em que aparece no Novo Testamento. Ela significa ‘concessão mútua após mútua hostilidade’, diferindo de katallasso, termo empregado por Paulo para denotar a reconciliação do homem com Deus, na qual a falha está apenas de um lado. Ou seja, quando alguém tocado pelo Senhor toma a iniciativa de procurar a outra pessoa com quem as relações estão estremecidas, com o propósito de acertar os ponteiros, o perdão é mútuo, pois o outro lado acaba também reconhecendo os seus erros por estarem em posição de igualdade diante de Deus.
Por sua vez, quando Cristo alude ao fato de irmos ao encontro da pessoa magoada apenas se nos lembrarmos de alguma coisa, pode parecer, numa leitura apressada, tratar-se de uma opção à nossa escolha. Todavia, o altar é o lugar perfeito para o Espírito Santo trazer à nossa memória todos os pecados cometidos, inclusive contra o próximo. E Ele sempre o faz quando somos sensíveis à sua presença. A partir daí, queremos ser sinceros com Deus, não aquietaremos enquanto não buscarmos fazer as pazes com a pessoa a quem ferimos” (COUTO, Geremias do. A Transparência da Vida Cristã: Comentário Devocional do Sermão do Monte. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.89).
O Senhor Jesus abençoe você e a sua classe! Ótima aula!
