Lição 11 – O Amor Não se Alegra com a Injustiça
ESBOÇO DA LIÇÃO:
1. O AMOR NÃO É INSENSÍVEL
2. COMPACTUANDO COM A INJUSTIÇA
3. QUEM AMA NÃO DISCRIMINA
4. O AMOR SE ALEGRA COM A VERDADE
OBJETIVOS:
MOSTRAR que o amor é terno e não concorda com a injustiça;
ENSINAR que quem ama, não discrimina;
AFIRMAR que o amor se alegra com a verdade.
A Paz do Senhor, querido(a) professor(a)! Preparado(a) para mais uma aula sobre o amor de Cristo, o qual todos nós, seus seguidores, devem manifestar?
Para muitas testemunhas, as nossas vidas serão a única Bíblia que “lerão”. Diante disso, façamos uma autoanálise, junto ao Espírito Santo: Temos manifestado o amor que não se alegra com a injustiça em nosso viver diário? O que temos feito em prol dos injustiçados desse mundo? Nossas atitudes refletem sede e fome de justiça em prol dos fracos e oprimidos? Temos perseverado nesse exemplo cristão, mesmo diante das dificuldades e até perseguição?
Como está escrito: “Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena. Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a matança, se os puderes retirar. Se disseres: Eis que o não sabemos; porventura, aquele que pondera os corações não o considerará? E aquele que atenta para a tua alma não o saberá? Não pagará ele ao homem conforme a sua obra?” (Pv 24.10-12)
Além de todo conteúdo didático e teológico presente em sua revista, deixamos aqui, como subsídio extra, um trecho da revista Lições Bíblicas de Jovens da CPAD, que muito contribui com o tema estudado.
Israel e a justiça social. A justiça para Israel também possuía um aspecto social, envolvendo o cuidado com os pobres e vulneráveis (Mq 6.8). Nestas passagens bíblicas, justiça (hb. mishpat) denota a necessidade de tratamento igualitário aos menos afortunados, aos órfãos, às viúvas e aos estrangeiros (Jr 22.3). Enquanto povo escolhido, Israel deveria implantar uma cultura de justiça e paz, agindo com generosidade em relação ao próximo. A Lei mosaica, inclusive, estabelecia uma série de disposições contra a opressão aos pobres (Êx 22.25). Por essa razão, no livro de Provérbios encontramos: “O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas o que se compadece do necessitado honra-o” (Pv 14.31).
Jesus e o cumprimento de toda a justiça. Em o Novo Testamento, a justiça (gr. dikaiosyne) divina tem o seu pleno cumprimento em Jesus Cristo (Mt 3.15). Uma vez que Deus é santo e justo, e considerando que a justiça envolve a retribuição implacável pelo delito, o pecado cometido por Adão no Éden deveria receber a adequada punição. Jesus, portanto, se oferece para o cumprimento da pena e satisfação da justiça divina, consumada na cruz do Calvário (Jo 19.30), de forma substitutiva para remissão dos pecados do homem (Rm 3.25). O Juiz Celestial que decretou a sentença de condenação é o mesmo que enviou o seu Filho Unigênito para cumpri-la. Que maravilhosa graça!
JESUS ENSINA A PRÁTICA DA JUSTIÇA (Mt 6.33)
A primazia do Reino. Jesus é o Mestre da justiça porque além de tê-la vivenciado em toda a sua plenitude, ensinou aos discípulos sobre a sua prática. De modo magistral, Ele enfatizou: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Logo, o Reino e a sua justiça devem ser o foco principal de todo cristão, posto que proporciona, por consequência, as coisas básicas da vida, isto é: comer, beber e vestir (Mt 6.25). De modo contrário, muitos invertem as prioridades da vida cristã, destacando os bens materiais e as bênçãos terrenas em detrimento da justiça divina. No meio eclesiástico, ouve-se o ressoar de jargões que decretam “bênçãos” e
“vitórias”, mas raramente escuta-se o clamor por justiça. Isso acontece porque a busca pela justiça requer renúncia. Mas poucos estão dispostos a sofrer perseguição por causa dela (Mt 5.10).
Famintos e sedentos por justiça. No Sermão do Monte, o Mestre incluiu a justiça como uma das características das bem-aventuranças: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mt 5.6). Jesus faz alusão a duas sensações naturais que exprimem a ideia de forte aspiração do ser humano. Em outras palavras, o Nazareno está propondo que aqueles que possuem o desejo ardente por justiça são mais que felizes. O verdadeiro cristão, portanto, abalizado no amor ágape, não tolera e muito menos se alegra com a injustiça (1Co 13.6), com a desigualdade e com a opressão. O discípulo de Jesus não tenta lucrar à custa dos outros e, também, não busca resolver seus problemas pessoais por meio do “jeitinho brasileiro”. Ele é justo em todo o seu proceder. […] A justiça que procede de Deus (Sl 119.149) é plena e deve irradiar para todas as áreas da vida humana, abrangendo tanto o aspecto moral quanto social. A justiça do Mestre dos mestres é uma justiça que se importa e cuida do pobre e carente (Mt 19.21)” (MILOMEM, Valmir. Jesus, o Mestre da Justiça. Revista Lições Bíblicas Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: CPAD. Mai. 2015).
O Senhor Jesus abençoe você e a sua classe! Ótima aula!
