Lição 07 – A Responsabilidade é individual
ESBOÇO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I – SOBRE A MÁXIMA USADA EM ISRAEL
II – SOBRE A SALVAÇÃO PARA TODOS OS SERES HUMANOS
III – SOBRE A REAÇÃO DE ISRAEL
CONCLUSÃO
A presente lição apresenta três objetivos para os professores:
1. Explicar a máxima usada em Israel;
2. Expor a respeito da abrangência da salvação;
3. Pontuar a ração de Israel;
Na lição do próximo domingo, veremos que havia um pensamento equivocado entre os exilados em Babilônia que diziam que estavam sendo punidos por causa do pecado de seus antepassados. Mas o profeta Ezequiel refuta esse ditado e reafirma um princípio que vem desde Moisés, de que a responsabilidade é individual: “Os pais não serão mortos por causa dos filhos, nem os filhos serão mortos por causa dos pais; cada um será morto pelo seu próprio pecado” (Dt 24.16).
Sobre a estrutura deste discurso de Ezequiel, estudado nesta lição, o pastor Esequias Soares, comentarista das Lições Bíblicas Adultos, esclarece-nos:
“O discurso de Ezequiel está estruturado em quatro partes principais. A primeira é a introdução (18.1-4), onde está o tema da profecia: ‘A pessoa que pecar, essa morrerá (18.4); a segunda é uma descrição hipotética de justiça e injustiça de pais e filhos (18.5-18); a terceira trata da responsabilidade individual, a perfeita justiça divina (18.19-29); e, finalmente, há uma exortação ao retorno de Javé (18.30-32).”
A respeito da salvação para todos os seres humanos, o comentarista esclarece-nos:
“Assim como Deus não leva em conta os pecados de quem se converte dos seus maus caminhos, pela mesma moeda o justo que se desvia terá os registros de sua vida delatados. O princípio é o mesmo: o pecador que se arrepende, viverá; quando ocorre o contrário, no caso de o justo se desviar, de todos os atos de justiça que praticou, nenhum será lembrado; na sua transgressão com que transgrediu e no seu pecado que cometeu, neles morrerá. Se a ilustração é hipotética, então essa mensagem não pode se aplicar estritamente à morte física. Existem inúmeros tipos de folhetos e livretos evangelísticos que colocam lado a lado as passagens bíblicas: ‘A alma que pecar morrerá’ e ‘o salário do pecado é a morte’. Então, o versículo de Ezequiel (18.4,20) não poderia estar no mesmo contexto daquele do apóstolo Paulo (Rm 6.23)? É fato que aquilo que não está claro e compreensível pela simples leitura da Bíblia apresenta grande possibilidade de ser uma crença peculiar. É possível sim, o salvo perder a salvação tanto temporariamente (Lc 15.32) como definitivamente (2 Pe 2.20-22). O caso de Judas Iscariotes é emblemático, pois Jesus disse que ele se perdeu (Jo 17.12). Muitos teólogos do nosso tempo veem nesse discurso profético o embrião da soteriologia arminiana.”
(SOARES, Esequias. A Justiça Divina: A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 85, 88.)